O Congresso Nacional a serviço da eleição… ops! do patrão… ops!… da cultura derrubou os vetos do xucríssimo presidente da república dos caetanes, Jair Bolsonaro, no tocante às leis Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo de apoio emergencial à cultura devido aos efeitos desastrosos da pandemia de covid-19 no setor. Noves fora, uma grande conquista para a classe artística – técnicos, produtores e afins idem – que tiveram que interromper suas vitais atividades presenciais para se adaptar em velocidade-luz ao tentaculoso ultramultiverso algorítmico da internet do patrão, competindo em condições desfavoráveis e desproporcionais com toda sorte de pseudoarte lacradora gliter glúteo glamur na infinita guerra contra o eco da geladeira.
Diante da barbárie que nos assola, nos resta celebrar a peleja vencida e lutar para garantir que ambas as leis sejam cumpridas e que impactem imediatamente na vida daqueles e daquelas que mais precisam urgentemente de seus benefícios.
Tal qual a pandemia, a luta não acabou e ainda tem muito chão e muita eleição pela frente para extirparmos de vez o cancro pestilento do fascismo. Bolsonaro vem aí com seu conveniente pacote de bondades – que certamente tem incluído essas duas leis outrora vetadas por seu dedo podre avesso à cultura, ao conhecimento, à diversidade – de olho bem arregalado na reeleição, com deu$ a$$ima de tudo, amém.
“Porcaria na cultura tanto bate até que fura” – Itamar Assumpção.
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