
Numa verdadeira caça às bruxas, a esquerda caetanesca se agarrou no escândalo dos shows milionários de artistas sertanejos para dar aquela lacrada nas redes. Afinal, não há mais o que fazer em relação à fome, à miséria, à desigualdade social, ao desemprego, à violência policial, etc., senão esperar a eleição para acabar de vez com o fascismo no multiverso e caminharmos livremente pelas ruas e avenidas repletas de unicórnios e arco-íris…
A Inexigibilidade de Licitação não é crime. Inclusive, é lei. Controversa, é claro. Propensa a abusos como o que vemos no caso dos artistas do sertanejo que cobram cachês estratosféricos – o que não é uma exclusividade desse gênero musical – para shows em municípios do interior do país que mal têm saneamento básico. Mas daí a querer uma CPI do Sertanejo, já é, no mínimo, risível. É caça às bruxas. É preconceito. É indignação seletiva.
Uma rápida busca na internet mostra contratos de artistas de outros gêneros musicais que operam na mesma modalidade que não exige licitação. E não estão cometendo crime algum. Estão amparados por lei. Se cobram valores imorais, aí já é porque a cultura do topo assim demanda e justifica através dos mais diversos discursos meritocráticos à venda na vitrine limpinha cheirosa do liberalismo individualista.
Passando pano pra bolsonarista? Jamais. Mas sim em compromisso com a verdade, essa que dói quando a gente se depara com ela, não com a euforia algorítmica que viciou a esquerda brasileira em lacração, amém.
…o sonho do oprimido é ser igual ao opressor.

Obrigado!