Sugestão de consumo

Uma vez que o texto racista do Antonio Risério, publicado pela Folha de S. Paulo, refere-se à realidade dos EUA incansavelmente bajulado por brasileiros e brasileiras de todas as cores, gêneros, credos e cruzes, cabe sugerir uma resposta tal qual aquela dada pelos manifestantes dos movimentos negros daquele país quando do brutal assassinato de George Floyd, que incendiaram uma delegacia e protestaram violentamente por dias nas ruas de Minneapolis, em plena pandemia. Vale lembrar que de forma semelhante, há pouco mais de um ano, na véspera do Dia da Consciência Negra, João Alberto Silveira Freitas foi espancado, sufocado e morto por seguranças no estacionamento do Carrefour, tudo filmado, resultando em nenhum arranhão na fachada limpinha cheirosa do hipermercado francês – hashtag em inglês é mais eficiente, taoquei! – que – além de ter feito a lição de casa e adotado 75 mil hectares da Amazônia através do programa Adote um Parque, do ex-ministro do Meio Ambiente ao Meio, Ricardo Salles – lucrou no ano passado pouco mais de R$ 3 bilhões de reais – baixa de 7%, tadinhos – em toda sua rede no Brasil, que conta com o Atacadão, que também tem em seu portfólio casos de racismo costumeiramente abafados pela mídia golpista, rol de grandes nomes da mídia hegemônica brasileira que tem entre seus líderes o milionário Grupo Folha, apoiadores e financiadores de golpes fascistas, machistas e misóginos contra a ameaça comunista, que, entre ditaduras mil, elegeram um miliciano genocida presidente, uma escolha difícil!, para dar continuidade à reforma trabalhista e da previdência mais danosa já vista contra o povo brasileiro, composto em sua maioria por mulheres e homens negros, portanto, as maiores vítimas da política racista, eugenista, higienista que as elites brancas – e a classe média vira-lata, claro! – teimam não existir na tão aclamada verde amarela democracia racial que será mais uma vez celebrada no mais novo BBB, mas que tode munde tem certeze absolute que é bom pro movimente, não apenas marketing em nome da cultura do topo e da liberdade de consumo, amém.

Não existe capitalismo sem racismo.

Imagem meramente ilustrativa. Ou não.

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