Black friday, plim, plim!

Agora sim começou oficialmente a Bléque Fraidei, brazil! Com ofertas despudoradamente arrasadoras para todos os gostos, dos mais exigentes conservadores nos costumes, aleluiamém, aos mais descolados liberais na economia, taoquei, ideal para brasileiros e brasileiras que têm certeza que não são racistas, até têm amigos negros e amigas negras, aquela empregada doméstica que já é da família e não precisa de direitos trabalhistas, que faz bléque feice no carnaval e na tevê porque ama wakanda, e até doam seu suado dinheiro para campanhas contra a fome na África em quântica vibração cósmica com a missão de salvar o povo negro das mazelas da genética confiada aos brancos por deus acima de tudo, gratidão amém.

A comentarista da golpista Globo News, Eliane Cantanhêde, sempre muito bem alinhada com os valores da burguesia eugenista brasileira, declarou que o ex-juiz-ministro-marreco da justiça branquíssima do sul, Sergio Moro, “nunca prendeu um preto pobre”, o que, para ela, conspira a seu favor na disputa presidencial de 2022. De fato, essa afirmação o coloca mais a frente na vitrine limpinha cheirosa do liberalismo identitário da cultura do topo que adora camiseta, adesivo, hashtag, trainee e celebbbridade antirracista quando convém ao transbordante bolso do patrão, plim, plim.

Moro – igual a Bolsonaro, como afirma a conja do marreco – é produto do racismo e do fascismo travestido de bom moço que a Globo e outras tantas mídias burguesas – independentes, ou não – apoiadoras de golpes, ditaduras, torturas, censuras, 20 centavos e defensoras ferrenhas da falaciosa democracia racial, querem vender barato para terem garantida a continuidade da transmissão da doutrinação antipolítica estupidificadora e alienante do alto de sua mui confortável e meritocrática hegemonia branca, pfiu, pfiu.

No que depender da esquerda que adora gritar que o agro não é pop mas que não abre mão de futebol, novela, celebbbridade e lacração, o sucesso de vendas já está garantido, com supremo, com tudo.

No Brasil, não pode bléque feice, mas se quiser pode… é só pedir desculpa depois pra virar ídolo da cultura.

Não existe capitalismo sem racismo.

Obrigado!

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