
O tempo se passou-se-lhes e nem demorou tanto assim para irmos de “o pior inimigo do meio ambiente é a pobreza” para “onde existe muita floresta, existe muita pobreza”, o que nos coloca diante da inegável certeza absoluta de que o neoliberalismo existe unicamente para saciar a fome sem fim do patrão e faz das tripas filé mignon para tentar nos convencer que desmatar, queimar, destruir a Amazônia, a Mata Atlântica, o Cerrado, o Pantanal, todo o meio ambiente brasileiro e todo mundo que está no meio do caminho, é a solução para erradicar a pobreza e vivermos felizes para sempre, taoquei.
A primeira frase em destaque foi vomitada sem pudores grãfinos pelo ministro da economia dos ricos, Paulo Paraíso Fiscal Guedes, em Davos, em janeiro de 2020. Na ocasião, Guedes explicou para os donos do mundo que as pessoas pobres, esse incômodo necessário e lucrativo, destróem o meio ambiente quando procuram por comida! A segunda frase foi dita dias atrás durante a Cop26, Conferência do Clima, em Glasgow, Escócia, pelo discreto, quase desconhecido, mas não menos crápula, ministro do Meio Ambiente Ao Meio, Joaquim Leite, ruralista substituto do odioso Ricardo Salles na função de mercador de florestas para o governo do imprestabilíssimo presidente da república das esquerdas geneticamente estupidificadas, Jair Bolsonaro, pfiu, pfiu.
O agro agradece o esforço hercúleo de Leite em manter o legado da política ambiental nazifascista de Salles e Bolsonaro, a boiada passante e o combate incessante à criminosa ocupação indígena de uma terra que foi destinada por Deus para benefício exclusivo do supremacismo branco europeu que fez uso de toda sua bondade cristã para escravizar, ops!, recrutar, além-mar, mãos dispostas a abandonar sua história, sua cultura, a própria vida, na nobre tarefa, divina missão, de enriquecer o transbordante bolso do patrão, amém.
O Leite é agro. O Agro é fascista.

Obrigado!