
O imprestabilíssimo presidente da república dos e daís, Jair Bolsonaro, declarou “se tirar o Centrão, para onde eu vou? Essa é minha lagoa!”, no tocante a sua filiação a um partido do famigerado amontoado pútrido-político supracitado onde se concentram em pestilenta ebulição os empertigados representantes da secular ideologia nazifascista, eugenista, racista, etnocida, ecocida, fundamentalista, entreguista, machista, etc., travestidos de bons moços limpinhos cheirosos, em nome do patrão, amém.
Bolsonaro anunciou sua filiação ao PL para concorrer à reeleição em 2022, sinal de que não está assim tão interessado em vencer, mas em garantir mais dos seus amancebados colegas de rachadinhas com laranja flutuando tranquilamente juntos na lagoa da bem remunerada impunidade parlamentar e assim assegurar que suma de cena no meio da multidão e não seja julgado e condenado pelos crimes cometidos durante seu mandato, pfiu, pfiu.
Sem o “17”, que deixará de existir graças à criação do União Brasil, fruto da fusão entre o DEM e o PSL – que quer se ver livrar da imagem execrável do mandatário que elegeu –, Bolsonaro perderá boa parte de seus hidrofóbicos eleitores, pois seus cérebros atrofiados entrarão em curto – em 2022 é 17 ou em 2017 é 22? – e Bolsonaro já estará são e salvo em algum paraíso, bem protegido e esquecido para, quem sabe um dia, voltar silenciosamente a mamar nas tetas do Estado, taoquei.
Com o advento da candidatura do suspeitíssimo ex-juiz-ministro-marreco da justiça branca do sul, Sergio Moro – que, segundo sua esposa, é a mesma coisa que Bolsonaro – e a eventual desistência do fanfarrão Ciro Trololó Novesfora Seisporcento Gomes – ou não, como diria Caê! – de participar da eleição graças às claras intenções de seus colegas de partido de manterem-se mais ao centro que é mais quentinho, Bolsonaro tem reduzidas as chances de reeleição, uma vez que Moro é tudo o que a burguesia fedorenta e a onanista mão invisível do mercado sempre quiseram: bolsonarismo sem Bolsonaro, qué!
Impossível? Não! Impossível é a esquerda deixar o vício em lacração sabadesca para ir às ruas derrubar o governo e tomar o poder. É que o patrão não deixa.

Obrigado!