
Como erradicar a pobreza quando bilionários ficam mais ricos durante uma pandemia? Como erradicar a pobreza quando o coletivo é apenas um amontoado de individualistas? Como erradicar a pobreza com a crescente onda fascista que inunda o planeta? Como erradicar a pobreza em um país que venera empresas e marcas como se fossem divindades? Como erradicar a pobreza de espírito de uma gente que idolatra culturas estrangeiras, babando suas línguas como se fossem mel, em detrimento da própria cultura, da própria soberania? Como erradicar a pobreza sem erradicar o racismo em todas as suas manifestações, sejam elas as mais explícitas e violentas ou as mais veladas, escondidas por detrás de réchitégues e campanhas de marquetim “afirmativo” em benefício próprio? Como erradicar a pobreza sem erradicar a violência contra a mulher, a cultura do estupro, a objetificação de corpos em favor das liberdades condicionadas pelo mercado? Como erradicar a pobreza sem erradicar o capitalismo e suas mãos sujas de sangue, de lama, de ódio, de preconceitos, de oportunismos, de doutrinação antipolítica, de estupidificação em massa, da anulação de culturas inteiras pela uniformização disfarçada de diversidade em nome de um deus insaciável e assassino?
Não existe capitalismo sem pobreza, sem racismo, sem machismo, sem violência, sem desigualdade social. Não existe capitalismo consciente. Não existe capitalista bonzinho.
A resposta está nas entrelinhas.