…de setembro, taoquei.

É inadmissível tolerar o intolerável. O que aí está não é o que muitos enchem a pança pra chamar de republicanismo, mas uma cultura arrogante supostamente racional que serve aos interesses de poucos em detrimento de muitos. Tal qual o AI-5, de 1968, que é considerado o mais duro golpe da ditadura militar, afinal atingiu a classe média e alguns estratos das elites que apoiaram o golpe de 1964 com deus acima de tudo, amém, o que temos é que a fome e o desemprego atingiram, finalmente, essas classes sociais. Motivo pelo qual se vê individuas-es-is-os-us dessas classes sociais – boa parte integrantes dos 42 milhões de isentões que em 2018 voaram pra Paris com o Amoedo – mobilizando-se contra o excrementíssimo presidente da república das bananas podres, Jair Bolsonaro, pois seus filtros são muito mais flexíveis graças à cultura individualista que diz “se ferir minha existência…”, taoquei.

Bom, pelo visto, depois de o país sucumbir à fome, à miséria, às quase 600 mil mortes por covid-19, a escalada vertiginosa de feminicídios e de racismo, finalmente, a água podre e fedorenta do fascismo feriu o nariz empinado e atingiu a bunda mole dessa gente vira-lata.

Hoje, estão nas ruas os motivados pela intolerância ao intolerável, a alteridade, o outro, milhares de fascistas, neofascistas, protofascistas doutrinados por décadas de novela das oito, bebebês, seleção brasileira e a imbecilizante cultura do topo que contamina as periferias. As ruas que hoje se enchem de defensores da liberdade de consumo à qualquer custo – afinal, rua vazia é avenida pra fascista – representam o tão sonhado brazil das elites eugenistas. Nada mais que um quintal de onde se extrai todas as riquezas possíveis e imagináveis diretamente para o bolso do patrão, com supremo, com tudo.

Vai ter golpe? Se tiver, não dura. Pois seus atores não têm capacidade cognitiva para sustentar um golpe. Mas, talvez esse o golpe mais duro, veremos pulular de todos os cantos a flatulenta mensagem “eu avisei”, ou “o golpe tá aí, cai quem quer”, típico daqueles e daquelas que não se responsabilizam por nada além de seus próprios branquinhos, arcoirídicos, limpinhos e cheirosos umbigos, plim, plim.

#forabolsonaro

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