
O racismo não desiste.
Dessa vez ele se manifestou durante um evento de degustação do novo café da laranjíssima Kopenhagen, Kop Kofee, na Avenida Paulista, ao humilhar o músico Thiago Morrinho negando-lhe a gratuidade da dose da bebida que estava sendo servida para quem passava pela frente da limpinha cheirosa loja. A Thiago, um homem negro, foi dito “pra você é 1 real”. Ao perguntar o porque da cobrança, uma vez que a dose do precioso café não era cobrado de outros transeuntes, certamente pessoas brancas, o funcionário insistiu com desdém “pra você é 1 real”. Ao denunciar o funcionário ao gerente da loja, Thiago afirma que esse estava mais preocupado se seria registrada queixa do que com o crime cometido contra sua pessoa.
Thiago registrou o BO como injúria racial. Nas próximas horas, algum marqueteirer da Kop, como gostam as-es-is-os-us descoladers, vai escrever um daqueles lindíssimos comunicados cheios de floreios identitários desculpando-se pelo ocorrido colocando-se à disposição da vítima e das autoridades, além de, é claro, muito em breve, começar a figurar em suas chiquérrimas propagandas, homens negros e mulheres negras pra lavar bem lavado na lavanderia do liberalismo oportunista a alma podre das elites adoradoras do deus capital.
Força, Thiago! Fogo nos racistas!
Kop Koffee Kopenhagen racista! K entre nós, mais do inconfundível racismo da elite brasileira!
Não existe capitalismo sem racismo.
P.s.: quando aqui deitarem suas opiniões, reflitam e lembrem-se que não é sobre vocês como indivíduos, não é sobre se vocês consomem ou não essa ou outra marca que reforça e perpetua o racismo. Nada disso livra Thiago e todas e todos, negras e negros, de serem humilhados, agredidos, violentados, assassinados por conta da cor de sua pele. Não é sobre vocês. É sobre mais de 400 anos de um genocídio justificado pela sanha de poder e riquezas de pessoas que se autoproclamaram superiores aos outros em nome de um deus.

Obrigado!