
É hoje! O coprolalíssimo presidente decorativo da república das cortinas de fumaça, Jair Bolsonaro, promete lançar em sua láive semanal, com exclusividade para quem estiver disposto a não questioná-lo, o produto que revolucionará o sistema eleitoral de toda a Terra Plana: a fralda eleitoral. Com ela, será possível depositar o voto limpinho cheiroso do cidadão de bem diretamente nas invioláveis, incomíveis e imbrocháveis urnas dos candidatos e candidatas que defendem e representam incontestáveis os divinos valores do deus glutão, amém.
A fralda eleitoral estará disponível em diversos tamanhos e cores, pronta para atender as mais exigentes necessidades do arcoirídico e multidiverso eleitorado brasileiro afim de proporcionar conforto e conveniência para todas e todos, do pobre de direita ao capitalista descapitalizado, sempre prontos para nutrir toda sua insipiência e pacovice individualista em favor das elites eugenistas, taoquei.
Não se sabe ao certo se a coletiva convocada por Bolsonaro hoje tem intenção de defender sua tese de fraude eleitoral nas urnas eletrônicas para justificar um possível golpe – já esvaziado pela nova configuração que em breve tomará posse do governo – ou para reafirmar as declarações recentes de que há indisposição em participar das eleições de 2022 caso o voto impresso auditável não seja praticado no pleito vindouro. Talvez se trate de um último pedido de socorro de Bolsonaro à sua súcia ruminante por ter se tornado refém do Centrão, ou de uma renúncia velada do cargo para não abrir mão das regalias, mamatas e afins, cumprindo o protocolo até o dia 31 dezembro, quando entregará o cargo àquele, ou àquela, que for eleita-te-ti-to-tu democraticamente, se o Centrão e os arquitetos do galopante golpe assim permitirem, com supremo, com tudo.
Mais um indigesto banquete para a vergonha alheia.

Obrigado!