
Hoje, 117 anos do imortal Pablo Neruda.
“Ninguém mais do que eu
quisera ficar
sobre a almofada em que tuas pálpebras
querem fechar o mundo para mim.
Ali também queria
deixar dormir meu sangue
rodeando tua doçura.
“Levanta-te, porém,
tu, te levanta,
mas te levanta comigo
e saiamos reunidos
a lutar corpo a corpo
contra as teias do malvado,
contra o sistema que reparte a fome,
e contra a organização da miséria.
“Vamos,
e tu, minha estrela, junto a mim,
recém-nascida do meu próprio barro,
já encontrarás o manancial que ocultas
e no meio do fogo estarás
junto a mim,
com teus olhos bravios
alçando minha bandeira”
A Bandeira, Pablo Neruda.
Ilustração digital sobre foto de Jean-Regis Rouston.

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