
Sente o golpe: Augusto (H)Aras, o verdadeiro Cavalo de Tróia, foi convocado mais uma vez pelo excrementíssimo presidente da república dos golpes que todo mundo avisa e em que todo mundo cai, Jair Bolsonaro, para fazer de conta que estamos numa democracia e fazer de conta que investigará a denúncia de crime de prevaricação no caso do superfaturamento na compra da vacina Covaxin – imunizante indiano contra covid-19, vírus que já nos levou mais de 520 mil pessoas em pouco mais de um ano de pandemia – cometido pelo genocida que o cavalga, e assim fazer de conta que Bolsonaro não aparelhou o Estado coisa nenhuma, tanto que permite investigação contra sua excrescência, e então, fazer de conta que há provas de que Bolsonaro não tem nada a ver com o esquema do Ricardo Barros, corroborando a versão de que existe corrupção no Ministério da Saúde, mas se limita ao baixo clero da instituição, livrando a cara do bufônico em rede nacional de rádio e tevê, com provas, com tudo, taoquei.
Dando continuidade ao enredo que cai bem numa teoria de conspiração, ou num samba, em seguida, para provar que é um homem de bem, justo, que não guarda mágoas, Bolsonaro indicará (H)Aras à tão cobiçada cadeira do STF à vagar na semana que vem pelo ministro Marco Aurélio Mello. O Senado por conseguinte, aprovará, a indicação e, com mais essa peça movimentada no tabuleiro, junto ao apoio reafirmado aos planos dos EUA de invadir a Venezuela por suas reservas de petróleo com a ajuda da sempre solicita Colômbia antes que ambos os países alterem seus governantes para lideranças políticas defensoras da soberania nacional, da soberania dos países latino-americanos, o golpe segue a galope, com ou sem Bolsonaro, para graça divina da liberdade de consumo e êxtase eterno do deus glutão, amém.
Já no conto de fadas sabadesco em que a Chapeuzinho Vermelho foi proibida de circular, outro golpe se esgueira, sorrateiro, um longo e alvissareiro tapete verde e amarelo se estende na avenida por onde desfilam em heróicas e lacradoras fantasias os indignados ao lado dos arrependidos, sorridentes, hipnotizados, desatentos ao ardiloso serpentear dos mesmos traidores de sempre, plim, plim.

Obrigado!