
Num futuro não muito distante, no país das assimilações e apropriações culturais, a terra arrasada, assolada pela fome, desigualdade social, pelo trabalho precarizado análogo ao escravo, o negacionismo conveniente, pela indignação seletiva, pelo arcoirídico individualismo lacrador, em um sábado ensolarado qualquer, uma voz solitária sussurrará espremida em um coletivo lotado de iguais desolados contemplando ao longe com os olhos cansados os bilionários cada vez mais bilionários em seu meritocrático descanso do alto de suas gourmetizadas varandas brancas: pelo menos tiramos o Bolsonaro, amém!

Obrigado!