
É com ufano orgulho, desses que enchem a barriga de gases pestilentos, que, a partir desta data, nomeia-se o tricentenário príncipe-coronel das liberálias limpinhas cheirosas, o notabilíssimo carreirista manteigueiro das sobrálias, esse singular sujeito dotado de traquejos, manejos e cortejos mil no laborioso ofício de engambelar a sempre expiosa classe média brasileira, o fujão-mor da nação, com o muito macho e flatulento nome de Ciro Chororo Trololó Mairola Novesfora Ferreira Gomes, quilométrico e nobilíssimo prosônimo envergado por aqueles e aquelas portadores de incurável e fátua megalomania.
Para receber tal alcunha, Ciro escancarou toda sua indecência, seu cinismo obceno, e aprovou o editorial de sexta-feira, dia 14 de maio, do golpista Estadão e sua nova versão do famigerado dilema de 2018, intitulado “Uma escolha difícil”. Dessa vez, o Estadão declarou que se apresenta adiante um cenário sombrio, em que “um segundo turno entre Lula da Silva e Jair Bolsonaro oporia o atraso ao retrocesso, a indecência à imoralidade, a desfaçatez ao cinismo”, inspirada no desespero das elites, cuja voz é representada pelo folhetim, diante da última pesquisa do Datafolha que tem Lula com 41% das intenções de voto para presidente em 2022, seguido por 23% de Jair Bolsonaro. Para Ciro, que em esperneio de menino mimado, reclamou não ter sido lembrado pelo jornal, declarou em antipetismês, em tradução livre, que o texto “está certo em muitas coisas, mas erra na pouca ênfase que dá a possibilidade real e inquestionável e concreta de que haverá um candidato que salvará o Brasil da trágica opção de ter que escolher entre Lula e Bolsonaro”. A seguir, a declaração sem tradução: “prrrrrrrr pum pum prrrrrr pum pum fiiiiiiiuprrrrrrr pum pum pei pei rrrrr pei pum e o Lula hein e o Petê”, taoquei.
Ciro e Estadão, dois dos grandes responsáveis pela ascensão de Bolsonaro à presidência, juntam forças para espalhar no país o nobre fedor de suas vetustas e nauseabundas entranhas pouco antes de entrarem para história como o mais colossal e estrondoso dos peidos de velho, pum.