
Há quem nutra uma sede de vingança contra a escumalha golpista que transformou o país no palco do espetáculo mais grotesco já encenado, uma insana urgência por vê-los lambendo o chão coberto por toda a matéria fecal que lhes salta os orifícios até o fim dos tempos… o anseio por ver o escarrentíssimo presidente da república dos e daís, Jair Bolsonaro, sofrendo um impeachment e sendo preso pelos crimes cometidos durante seu genocídico mandato, pfiu, pfiu.
(som de beliscão)… pode acordar… acorda! a música que você ouve vem dos afinadíssimos instrumentos virtuosamente tocados pelos anjos protetores do golpe, paladinos ungidos no escarro da morte, inabaláveis defensores dos ensanguentados bolsos do 1%, amém.
Arthur Neoliberalira – acusado de receber R$ 144 milhões em emendas no que está sendo chamado de Bolsolão – enterrou hoje qualquer chance de impeachment contra Bolsonaro quando, ao seu lado em um palanque durante visita a Alagoas, defendeu publicamente o voto impresso, anunciando a instalação de uma comissão com o objetivo de agilizar a aprovacão do projeto que, após o retorno de Lula com cada vez maior vantagem nas pesquisas para 2022, é o mais novo objeto de desejo de Bolsonaro, taoquei.
Sempre com argumentos conspiratórios, sem embasamento técnico algum, Bolsonaro insiste no retorno ao voto impresso, o que seria aplaudido de pé por seus amigos milicianos. Para um assunto de tamanha importância, o discurso de Bolsonaro assemelha-se a dizer que vacina vai transformar alguém em jacaré.
Ontem, durante a tempestuosa CPI da Covid, a Câmara, sob a tutela de Lira, aprovou o texto base que substitui o licenciamento ambiental, escancarando de vez a porteira para o agronegócio; em seguida, aprovou regimento interno que engessa os partidos de oposição, uma verdadeira censura. E assim, Bolsonaro vai pagando com a fome, o desemprego, a miséria e a morte de mais de 430 mil brasileiros por covid-19 – 2.383 nas últimas 24 horas – as suntuosas despesas que garantem sua estadia no trono, enquanto galopa o golpe ao som da música celestial que embala o sono do gigante deitado eternamente em berço esplêndido.
Basta desta besta! Paralisaçaão geral já!