Com o Congresso na palma das mãos – e no bolso – o estrupicíssimo presidente da república das cortinas de fumaça, Jair Bolsonaro, indagou sua súcia ruminante com uma cuestão que deve trazer a todas e todos algo muito profundo a se pensar, algo que nos coloca diante de um amontoado de monte de motivos para uma intervenção, um impedimento, um fervoroso protesto por renúncia que encha as ruas de pés marchantes e punhos socando o ar, gritando em uníssono Fora Bolsonaro sem arredar o pé, enfrentando o gás, o porrete, a cacetada, se erguendo mais uma vez, socando o ar, caindo, levantando, caindo, levantando… Disse o bufão malabarista: “pra que intervenção se eu já sou presidente?”… em seguida, emendou “…faz essa risca direito no chão, taoquei”.
Para Bolsonaro, quanto mais CPIs melhor, quanto mais escândalos, melhor. Ele segue sem mover um dedo para colocar em prática qualquer uma de suas ameaças, apenas abrindo sua fétida latrina feita à guisa de boca para defecar suas estultices que são canina e convenientemente obedecidas pelo hidrofóbico séquito entorpecido por essa horrenda monstruosidade amalgamada de fascismos e nazismos e desumanismos e milicianismos e cristianismos, amém.
425.540 mortos por covid-19, 2.311 nas últimas 24 horas. O estoque de vacinas acabando. Fome. Miséria. Desemprego. Violência. Individualismo. Lacração. Enquanto não ferir o bolso dos que lucram com a presença abjeta de Bolsonaro no trono, testemunharemos esse teratológico espetáculo diário aplaudido, ovacionado de pé por quem encomendou o golpe, com pandemia, genocídio, leite condensado, com tudo.
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