
Era de se esperar que o excrementíssimo presidente da república das riscas no chão, Jair Bolsonaro, ameaçaria colocar as Força Armadas nas ruas, sob decreto presidencial, contra governadores e prefeitos adeptos de medidas rígidas de isolamento social – menos às vésperas do Dia das Mães, é claro – aludindo ao desejo das ruas, ao clamor do povo, após as manifestações de seus ruminantes apoiadores no dia 1º de maio que encheram as principais avenidas do país com as já conhecidas súplicas por intervenção militar e combate ao comunismo, dessa vez respondendo ao chamado de Bolsonaro que vinha insinuando aguardar a autorização do povo. Em evento hoje noo Palácio do Planalto, o coprolálico bufão declarou que “nas ruas, já se começa pedindo que o governo baixe um decreto. E, se eu baixar um decreto, vai ser cumprido, não será contestado por nenhum tribunal. O Congresso estará ao nosso lado. O povo estará ao nosso lado. Quem poderá contestar o artigo 5º da Constituição? O que está em jogo? Queremos a liberdade para poder trabalhar, queremos o nosso direito de ir e vir… “, taoquei.
Quando não vamos às ruas protestar, marchar contra os abusos do governo, 415 mil mortes por uma doença que tem vacina, fome, desemprego, miséria, violência, não só damos a entender que está tudo bem como está, mas deixamos uma avenida aberta para ser ocupada por quem defende e aplaude o desprezo, o deboche, o escárnio manifestado diariamente por Bolsonaro, seus asseclas e seus valores distorcidos, deturpados, amém.
Quando se trata de democracia, quem não se manifesta apropriadamente em defesa da vida, do coletivo, da soberania, do outro em benefício do todo, corre o risco de não ser ouvido e ter de aceitar as condições impostas por quem teve seus interesses protegidos, pfiu, pfiu.
Rua vazia é avenida pra fascista.