
Entraram em vigor os decretos do esterquíssimo presidente da república dos vira-latas Jair Bolsonaro, que flexibilizam o acesso à armas de fogo para que os brazilian caubóis tenham o direito de matar o que estiver incomodando sua existência, uma vez que a resistência antifascista-te-ti-to-tu ficou para a história dos avatares de redes sociais. Os decretos aumentarão exponencialmente a violência doméstica, o feminicídio, o lgbtcídio, crimes de racismo e toda sorte de agressões perpetradas na sua maioria por homens brancos rambozificados pela Tela Quente, amém.
Graças a uma ação movida pela oposição, a ministra Rosa Weber, do STF, suspendeu alguns trechos dos decretos, entre eles, o que aumenta o limite de armas de fogo por cidadão – de duas para seis –, outro que permite que policiais, agentes prisionais, membros do Ministério Público e de tribunais comprem duas armas de fogo de uso restrito, além das seis de uso permitido, e o trecho de outro decreto que aumenta o número de armas e munição para caçadores, atiradores e colecionadores. As suspensões de Weber ainda terão que passar pelo pleno do STF. É fácil perceber que os decretos favorecem gente que tem dinheiro pra comprar armas – até seis, no mínimo R$ 3.500 a mais barata –, ou seja, gente rica, cujo interesse é proteger suas posses e seus valores, cristãos ou não – aleluiamém! –, com unhas e dentes, com ou sem os decretos de Bolsonaro, pfiu, pfiu.
O que paira no ar, denso e fétido como as manifestações coprolálicas do presidente, é o inquietante motivo pelo qual não foram suspensos todos os decretos, uma vez que o Estatuto do Desarmamento está em vigor desde de 2003 e é um mecanismo, mesmo que falho, que garante que armas de fogo não sejam banalizadas como meros produtos de consumo na vitrine limpinha cheirosa do liberalismo individualista, mas que sejam de uso exclusivo e responsável das Forças Armadas e das polícias em defesa da vida de todas e todos os cidadãos, da soberania nacional e, em casos extremos, da própria democracia. Conclui-se, portanto, que há trechos nos decretos que o STF entende como de interesse público de poucos, com Bolsonaro, com tudo.
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