
Finalmente, o patifíssimo presidente da república do “arerê-ê-ê, a cozinheira passou covid pra você-ê-ê”, vai usar máscara e praticar o distanciamento, medidas necessárias para conter a propagação do fedor de bosta que escorre pelas suas pernas desde que o ministro Roberto Barroso, do STF, obrigou o senado a abrir a CPI da Covid para investigar os crimes que cometeu – gentilmente chamadas de omissões – no combate à pandemia de covid-19, a gripezinha que nas última semana levou à óbito mais de 15 mil, 351.334 vítimas fatais em pouco mais de um ano. Mas se engana quem pensa que se trata da máscara de proteção contra o novo coronavírus e do distanciamento social recomendados pelos canalhas da OMS. Bolsonaro quer esconder a cara de desespero e manter o máximo distanciamento possível da possibilidade real de ter seus crimes investigados pelo senado, taoquei.
Na tentativa de dar um aliviada na situação para o seu lado, Bolsonaro autorizou que o governo faça uma campanha em favor do uso de máscara e do distanciamento social poucas horas depois da ordem de Barroso ao Senado. “Contra a covid-19, o cuidado é de cada um. A responsabilidade é de todos. Brasil unido”, diz a mensagem inicial da campanha.
No entanto, visivelmente abalado, apavorado, fora da bolha fétida e pustulenta das redes sociais, Bolsonaro faz o que sabe fazer de melhor, veste a máscara amarrotada e suja de homem do povo, cidadão de bem, sobe em sua moto e sai por aí espalhando mentiras, pregando contra as medidas de segurança, propagandeando tratamento precoce, difamando com ataques coprolálicos o STF por ter proibido a abertura de igrejas e templos “o absurdo dos absurdos”, ameaçando a tudo e a todos com o uso das Forças Armadas, bem, os mesmos crimes de responsabilidade de a cartilha do convívio democrático com genocidas nos obriga, desde janeiro de 2019, a fazer mais uma risca no chão, coleção de sulcos que faz as vezes de arado onde estão sendo plantadas as sementes do desprezo, da indolência, do comodismo e da covardia, amém.
No ar, o fedor da morte, da fome, da desigualdade, da desesperança e a sensação concreta de que tudo se resolveria em um banquete, com supremo, com tudo.
Somos cúmplices. Somos covardes.