
… e o que fere a existência para ser resistência é a alta da gasolina, a alta do dólar. É que já nem dá mais pra ver onde começa e onde termina tamanha a crueldade, tamanho o desprezo, tamanho o individualismo da gente de bem, tamanha a cegueira de quem crê que panelaços e buzinaços derrubam genocidas, que atrair a classe média pelo bolso derruba fascistas, seus semelhantes, taoquei.
1726 e daís… quantos recordes de mortes diários ainda bateremos? Tantos quantos forem necessários para a boiada do entreguismo, do sucateamento e do enriquecimento das elites eugenistas, essa criatura hedionda adulada pela escumalha liberal limpinha cheirosa que não tem onde cair morta, passar ilesa em seu galope, deixando para trás o rastro de morte e destruição abençoado por deus, amém.
Cada um dos 257.562 mortos carregam o peso da nossa total incapacidade de reagir. Somos cúmplices, mas logo não será mais possível enxergar através da penumbra que se forma ao nosso redor, e ali viveremos confortavelmente sem culpa, isolados dentro de nós mesmos, mera mão de obra barata.
Meus sinceros pêsames a todas e todos que perderam seus entes queridos.
Já passa. Daqui a pouco nem vai dar mais pra ver e a vida segue…