
Com a palavra, o entulhíssimo presidente do brazil, Jair Bolsonaro, “aqueles que instigam o povo à discórdia, fabricando e promovendo conflitos, atentam não somente contra a nação, mas contra nossa própria história. Quem prega isso está no lugar errado. Seu lugar é no lixo”. Como por aqui costumamos acatar as ordens proferidas pela boca pestilenta do capitão da nação, eis o lugar certo para sua abjeta existência junto à purulenta e fétida escumalha que o adula, taoquei.
Exímio fazedor de fumaça em tempos de rachadinhas, Bolsonaro declarou mais esse desprezível “e daí” quando questionado sobre o assassinato à pancadas de um homem negro, João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, numa loja do Carrefour em Porto alegre e as manifestações e revoltas ocorridas em seguida contra o racismo, que não existe por aqui. Como para Bolsonaro, Mourão, as elites brancas, o partido Novo, o MBL e muita, mas muita gente, incluídos aí, infelizmente, muita gente negra, no Brasil, vitrines importam mais do que vidas, fica muito fácil compreender porque – com exceção de algumas boas companheiras e bons companheiros de luta –, vivemos na viralatalândia, lugar que se comove ao extremo com uma vida ceifada nos Estados Unidos, pede oração, exige o fim do racismo, quer ir pras ruas quebrar tudo, mas quando o mesmo ocorre aqui, com requinte de crueldade e à sangue frio, bem debaixo do seu nariz, a culpa é da vítima. Deve ser porque em inglês é mais bonito, amém.
Bolsonaro merece o lixo da história. E nós o colocaremos lá. Mas e depois? Os racistas, fascistas, golpistas seguirão por aí, principalmente nas altas rodas endinheiradas, voltarão para as trevas, sempre à espreita esperando o próximo bote, o próximo golpe, com racismo, com tudo.