
É justo parabenizar o Ministério Público do Rio de Janeiro por sua inabalável habilidade e competência em espremer e descascar laranjas. A nova denúncia por lavagem de dinheiro e peculato contra o senador Flávio Bolsonaro – conhecido também como F. Bolsonaro, ou para os mais íntimos da mídia golpista da elite, Flávio B., filho do imprestabilíssimo presidente Jair Bolsonaro – e seu assessor milicianíssimo, Fabrício “Onde Está O” Queiroz – aquele que repassou um cheque de 89 mil reais para a primeira-dama Hey Michele, aquela que desviou 7,5 milhões de reais doados pela JBS para a compra de testes-rápidos para o seu programa Pátria Voluntária e o distribuiu sem licitação para “ongs” fundamentalistas anti-aborto, como a da ministra Damares Alves, que usou recursos públicos para tentar impedir o aborto legal de uma menina de 10 anos de idade estuprada pelo próprio tio no Espírito Santo –, no famigerado escândalo das rachadinhas, tremeu as pernas da familícia.
O senador, que chegou bronzeado do feriado que passou em Fernando de Noronha, pago com dinheiro público, – por culpa de sua equipe, é claro – disse que tudo não passa de uma “crônica macabra mal engendrada” para atingir cidadãos de bem e atacar a família mais honesta das galáxias, que até deus acima de tudo anda receoso de contrariar para não acabar ele mesmo sendo investigado, amém.
Quanta laranja ainda será descascada e espremida até que a justiça decrete a prisão de Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz? Tudo depende do humor daqueles que encomendaram o golpe e que hoje vêem sua encomenda correndo risco de não ser entregue em tempo, com supremo, com tudo.