
O estupidissíssimo presidente Jair Bolsonaro conseguiu, com um único e banal gesto, provar a toda a humanidade que é digno, merecedor magnânimo de todos os atributos pejorativos endereçados a sua pessoa nos últimos 30 anos, mais notadamente, entre os anos de 2018 e 2020… e contando. Apenas duas décadas do novo século se passaram, mas já temos o hors concurs do prêmio “Imbecil do Século”, aquele que, independente dos esforços de qualquer outro, será o campeão ad eternum e jamais perderá seu lugar no topo, no lugar mais alto do olimpo dos olimpos da imbecilidade humana, taoquei.
Não bastou ter quebrado os ossos da língua podre ao declarar que a cloroquina “…não tem comprovação que não tem comprovação eficaz… nem que não tem, nem que tem”, demonstrando uma desenvoltura léxica e cognitiva dignas de uma ameba, o esbugalhado pestilento posou em frente à minúscula súcia ruminante e hidrofóbica dominical de sempre erguendo aos céus uma caixa do medicamento, tal qual panaceia divina, motivo pelo qual foi ovacionado com urros animalescos e aclamado com as costumeiras evocações de mito salvador da pátria, pfiu, pfiu.
Pouco importa o quanto se alerta sobre o uso da hidroxicloroquina contra o covid-19 – que levou a óbito quase 80 mil pessoas e infecta mais de 2 milhões e 100 mil em 4 meses e meio no país. O que vale é estar sempre em foco, que os holofotes estejam apontados para ele e sua performance histriônica, enquanto passam as boiadas de Guedes, Salles, Pazuello e afins; enquanto o genocídio indígena se expande no Brasil profundo; enquanto o golpe da elite branca eugenista pilha, saqueia, corrompe e escraviza até o último suspiro do país que asfixia e se arrasta moribundo pelo lodo decomposto de chorume e fezes excretados pelos orifícios invisíveis do onipresente deus glutão acima de tudo, amém.
Basta dessa besta.